O graal.
O sangue de deus,
tratado como objeto.
Agora descaça,
escondido em nevoas, em brumas que trilham caminhos ocultos...
E nas loucuras do
homem, tesouro e riqueza, gloria e poder, se confundem sem distinção.
Ganância apodera-se
de corpos e almas na mais sagrada busca.
E com sua benção
pequemos, uns contra os outros, matemos uns aos outros, e por fim só o digno
vivera.
Banhado em rios
carmesins do sangue dos hereges que atravessarem seu caminho. E ele erguerao divino graal.
E dele a benção do
poderoso.
Transbordará, como o
sangue de seu herdeiro, que na cruz padeceu, e cuja o receptáculo dos céus
aparou o derramamento de todo o seu sofrimento.
Trazendo ao pútrido
pecador, assassino sem valor, detentor das virtudes da morte, o herlequim,
cavaleiro do caído, a benção dos céus.
O graal, e sua igreja
fajuta, que usaram com desculpa, seu conhecimento, seu dever comotrilhas de
poder, transformar-se e enriquecer.
Excomungando-me por ser leal ao coração fiel.
E por tanto sou, o
herege pecador de trilhas de dor, sem sangue cauterizando a pele, do ferro e
brasa á roda e dela a fogueira, para que os santos assistam meu retorno as
trevas e ao inferno, enquanto o caído escarnece e sorri pelo mundo transtornado
e destorcido que vi.
B.M.
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