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domingo, 9 de novembro de 2014

Cúmplice.

Cúmplice.
Hoje me peguei sonhando acordado, uma vez apenas, só mais uma vez.
Estava num pátio de pedra, numa praça ou rua, não sei ao certo.
E no céu... As nuvens... Cinzentas de tempestade.
Com o vento frio,  gotas de chuva fina, você estava lá, é estava.
Uma massa de cachos castanhos molhados, os olhos faiscando quando ria, eu a envolvi nos meus braços e tirei-a do chão.
Você me repreendeu enquanto ria.
Disse... tá todo mundo olhando.
Lembro bem...E eu sussurrei sobe seus cachos.
É... mas você gosta dessa atenção, e você riu.
Eu queria beija-la mas não o fiz.
Nossos lábios nunca se tocaram mas como sempre, nossos olhos nus traem.
Contam segredos, sussurram verdades.
É... nossos momentos. Nossos...
E como em todos, há chuva, há chuva.
Nossa madrinha, nossa cúmplice.
Perdoe, pois tantas vezes quis... Contar...Os segredos. Que meus olhos traem, que eles sussurram.
E cuja madrinha esconde, com suas gotas,com suas gotas, lagrimas... Chuva...Difícil dizer.
Mas te confesso meu amor sincero.

B.M.

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