Colaboradores

domingo, 4 de outubro de 2015

O Templo


Andei pelos vales mais desolados, pelos campos devastados de uma terra em guerra, homens que destruindo seus iguais, dizimando as esperanças de seu próprio povo, buscava o templo em que minhas orações fossem ouvidas, onde a chacina cessasse, onde a distancia entre mim e as estrelas fosse apenas uma linha tênue, e por milhas meus pés me levaram, por tato tempo e tão longo caminho que minhas botas sumiram sob meus pés,  os medos se perderam, sangue de inocentes, banal,  sacrificado aos deuses  da ganância, mais numa noite de um céu pintalgada de estrelas ofuscantes, num campo abandonado em que campânulas cresciam desordenas, um ponto luminoso oscilou e riscou o firmamento, meus olhos o seguiram, ate desaparecer no topo de uma montanha de rochas sombrias.
A noite passou veloz enquanto com mãos  e pés galgava meu caminho pela rocha fria, e quando por fim alcancei o cume, o vento gélido me golpeou tomando o pouca ar que tinha e fazendo me oscilar a beira do penhasco, relutante, me pus de pé,  olhando a distancia que mergulhava num vale coberto de véu esbranquiçado, e ali  na neblina uma sombra, um amontoado de rochas, que no alvorecer o rubor tomou por assalto, o vapor fazendo a pálida rocha tremeluzir com seus raios dourados, uma mistura de cristais e ouro cobriam tudo.
Na semi escuridão do dia que nascia caminhei lenta e temerosamente, vacilando numa trilha disforme de capim alto, meus olhos vagavam, os sussurros dos ventos, cantos de lamento cresciam a meu redor, na terra nua que se seguia ao portal de pedras altas e pálidas, meio sombra, meio breu, ajoelhei-me e com as mãos na terra fria, deixei que o sussurro me levasse.
O sol, invadiu minha solidão, raios dourados varavam minhas trevas, trazendo calor ao interior das pedras que me cercavam, minhas orações, jaziam em meu peito, pesadas, e quando por fim a luz me tocou, percebi que o único templo no qual seriam ouvido, de onde viria minha resposta,  residia no peito da aurora de meus devaneios, de meu amor pagão, que estremeceu minha carne com seu sonho.

E mais uma vez pude ver seus olhos, que me viam de dentro para fora, que sentiam meus medos, ouviam meus sussurros, que seguiam em mim não importa o qual distante eu fosse.

Consciência.

Estava escuro quando um filete prateado brotou ao longe, não mais que um fiapo cintilante de luz, mais ainda assim muito diferente de tudo que conhecia.
E então percebi o corpo que se projetava oscilante, um passo depois do outro aproximando-se do brilho.
 Naqueles dias se quer imaginava que tudo mudaria, o vulto que vacilava no caminho era meu próprio corpo enquanto a voz latente, minha consciência. Adormecida e presa, agora libertava seus sons, sua vontade, o conhecimento me invadia não como mágica mais com a mesma avidez.
E esse conhecimento de fato pode ser chamado de luz,  não  verdade já que esta por se é relativa, mais essa luz, esse conhecimento que me trouxe das catacumbas nas quais definhava minha consciência recriou todo um universo dando-me poderes inimagináveis.


Mais por favor não se engane, e nem deixe que meus pensamentos o convençam, apenas abra seus olhos e busque a luz, encontre, não a verdade pois ele engana, mais sim ao próprio conhecimento, de se e de seu próprio universo.

Insensatez Libidinosa.


Ha em mim uma paixão irreverente, um carinho tão ardente que consome a razão destes dias, desejo de possuir, corpo e alma, de apossar-me da carne, de acariciar a pele  enquanto arranco um ronronar gorgolejante de prazer e tentação, percorre com dedos longos e ágeis, leves movimentos de histeria libidinosa e ainda assim inocente, pecado tão saboroso, inebriante, vinde a mim, reivindica então estes momentos de insensatez.

Queima a pele percorre o corpo com caricias doces, reclamando para se meus dons enquanto me consome na própria tentação, arrepiando meus músculos, fazendo-os enrijecer enquanto caminhas em mim desejo, percorre minha nuca com pequenos e ardentes beijos selados, então deixe, que percorra agora tua própria pele, consumindo então seus suspiros, seu fôlego, ate que de teus lábios só uma respiração dolorosamente prazerosa e ofegante salte, e então deixe-me recomeçar, cobrindo todo o teu corpo com beijos vorazes, como se com cada um deles pudesse devora-la, fazendo-a reagir em êxtase e que quando por fim houver um clímax, recomecemos do zero, com todo o carinho libidinoso que de nossos corações puder surgir...

Loucura.


O qual precipitados somos quando nossos motivos partem do coração?
Ate onde podemos nus entregar?
Mesmo que a razão seja mais simples?
Se é o medo que nus detém, por que temer?
Se nus tornamos frios quando o ignoramos, eu temo, mais meu coração clama, então qual será o crime? Ignorar a razão ou deixar que ele voe?
Pois deixe que me afogue na loucura se ela o acompanhar, se de mãos dadas pudermos  nus entregar, agora deixa-me enlouquecer mais enlouqueça comigo, num gesto, carinho, suspiro que seja.
Mais enlouqueça.

Pois será essa nossa forma de seguir, será este nosso caminho.

Que aja fé.


Que aja esperança, mesmo quando tudo parecer perdido.
Sei que a dor pode parecer grande de mais para suportar, acredite, sei quanto o frio fere, consumindo pequenos pedaços da alma lentamente, mais para todo mal ha remédio, então deixe que o tempo lhe mostre o caminho.
Acredite que ha esperança, acredite em você mesmo!
 Pois nem mais forte dos heróis poderá salvar aquele que não busca a salvação.
 Não ha elixir da vida eterna que possa salvar a vida daquele que já se entregou a morte.
 Mais se quiseres haverá aquele que velara teu sono.
 Que segurará sua mão quando houver medo em seu peito.
Mais não desista.

 Coragem não é a  ausência do medo, mais sim a vontade de supera-lo, confie e deixe que minha espada abra seu caminho e meu escudo guarde suas costas.

Humilhado.


Sei que não sou quem pareço, a maioria das pessoas me vê com dedicado, sensato e forte, mais na verdade só a duvida reina em minha consciência, duvida de quem realmente sou, o que quero, e se posso alcançar o céu.
Não... não me interprete mal, não quero ser salvo, acredito que só pode salvar a se mesmo, e realmente acho que deus nada tem haver com isso.
 Escolho meus caminhos.
Tomo minhas decisões e não pretendo culpar outros e nem mesmo algo tão perdido quanto o destino por isso.
 Apenas gostaria de saber de fato qual o meu pecado.
Não o conheço, e isso me intriga.
Como posso eu ser tão tolo, não conheço nem mesmo minhas motivações.
Me engano!
 Tentando encontra motivos através de sentimentos tão tolos e frágeis como as mentiras que são.
Humilhado.
Por mim mesmo e ninguém mais.

Anseios.


Anseio pelo passado que nunca aconteceu, 

pelos sonhos que perdidos, esquecidos e desacreditados que decaíram pelos cantos da trilha escura que percorri;

 pelos sons familiares e doces das vozes melodiosas, das ninfas e da deusa... anseio... pelo toque de suas lembranças e pelo toque de tua pele. 

 Anseio por tudo que outrora pôde ser meu, mas pelo que não soube lutar...

Anseio por trazer-te de volta a mim, como o sol que retorna de uma noite longa, escura e fria, ou o doce e quente vento de verão que vem aquecer novamente os corações, depois de um inverno rigoroso.

 Anseio... desejo...

Mas, em meu desespero, não mora nada alem da incerteza e da solidão, 

nada alem do frio e do breu.

 Senhora, dona de si, como pode condenar-me a esse pesar, a esse anseio desesperado, desregrado e torturante, onde neste caminho de lamurias mora a descoberta quente e revigorante de um novo dia, de um novo amor... 

Senhora, onde poso afogar minha desolação, 

onde posso ofertar-te por definitivo meu coração, já que a muito ele não me pertence; 

A muito, tolo que fui, o doei, e agora a única coisa para que serve é  bombear o veneno lancinante de uma paixão devastadora e criminosa que sem hesitar, entrega meu peito ao exílio.

E é nele, nesse exílio, que escrevo estas letras, com os pensamentos solitários, com os sonhos detestados e humilhado, caminhando sem mais determinação, sem mais coragem para seguir.

 Não há mais nada...


 estrela, lua ou sol, no horizonte escuro, nebuloso e sem vida do futuro.

Cativo.


Se por um acaso agora alguém pode ler esta mensagem é Por que uma batida de meu peito ao menos  pode escapar.
Peço que aleia ate o final, na esperança de que a alcance, para que descubra que nunca a deixei e tão pouco o conseguirei um dia.
Sou cativo em um lugar distante, onde meu peito encontra-se suspenso, parado, tendo por carcereiro o mais revoltado dos traidores.
Neste lugar aguardo... A noite é uma constante, o frio uma verdade, e lembranças meras miragens, mais ainda posso cada dia e cada noite...
Observando ao longe, pequenas chamas de vida, estas que brilham no distante manto negro, centelhas de esperança para um desafortunado qualquer.
 Enquanto meu carcereiro o tempo, devora laboriosamente cada segundo, saboreando-o pela eternidade de sua própria imortalidade, e ainda ha aqueles que o invejam, mais de que pode adiantar a eternidade se passada na solidão do limbo, do vácuo...
Sem ter aquém... Apenas um alguém...
Ao menos aguardo por teu chamado... Pois mesmo aqui permaneço sempre esperando...
Mesmo que pareça que não mais estou aqui! Tão distante eu sei, mais oro para que estas palavras possam alcançar-te, pois não há dificuldade que me detenha.
Sou fraco... um homem mais ainda há minha resiliência. Espero que aja ainda um fio zinho de esperança... Que acredites em mim.
Sou cativo, no aguardo da voz que me liberte, a espera do um sinal para que a siga o fortuna, guia-me a tua companhia, pois nunca a deixei realmente, mesmo na distancia meu coração a aguarda...

E meu juramento a conserva, enquanto cativo aguardo que me chames...

Mensagens.


Nosso mundo se expandiu...
Por algum motivo nos deixando escapar, desta tela branca, papel de carta, email, sms, nem sei mais.
 Algumas vezes nossas vozes...
Nem sempre nossos sentimentos estão claros, quanto mais nossas palavras, talvez um ;) na tentativa de mostra apaixonados "bj...", enraivados ";("....
Não sou bom com isso ... ;S...
É você já sabe...
  Minhas palavras não pertencem a este tempo...
Mais ainda tento, por que sinceramente ainda acredito que ainda ha muito ha dizer...
E que minhas adoradas reticências sejam eternas, pois significam que não ha um final a vista...
Sei que temes... :( ...Por que eu também... Principalmente porque não sei...
Apesar de escrever...
Expressar verdadeiramente o que tenho a dizer, hoje, agora tudo que posso fazer é esperar, pedido que palavras uma vez pronunciadas não tenham passado apenas de um impulso, e que mesmo agora, tantas horas depois, ainda se lembre...
Pois eu me lembro em cada segundo...

Tempestade.


O céu hoje é cinzento, como a lamina que me é apresentada pelo carrasco, turbulento e gélido soprou o vento e finas gotas de cristal alcançaram meu rosto, minha cúmplice "chuva", mirei o céu agradecido. “tens guardado, escondido minhas lágrimas, lhe sou grato”, pensava, quando um raio riscou o firmamento nebuloso, fazendo tremer o cadafalso, reverberando em meu peito, quando já achava não mais haver esperança.
Mais ela veio, traduzida num sussurro, um sopro no vento, três palavras apenas, curtas e simples, mais ricas que qualquer rei, mais belas que qualquer poesia, mais poderosas que qualquer exercito.

E por elas me rebelei, na esperança, e que se mesmo assim viesse a padecer, sob aquela tempestade, a revolta dos céus, ao menus, morreria lutando por ela, minha esperança, sussurrada pelo vento, na voz suave dela, tão distante, mais ainda assim tão próxima.

Saudade.


Um inicio opaco, turvo em sua essência, com um gesto conhecido, um vaga consciência de algo lhe é familiar, e então evadem-me imagens cálidas, momentos fragmentados, mais ainda assim doces, quentes.
Este que não passa de vontade, que consome, e reduz a importância de tudo mais, saudade... Que vens adoçar minha boca, mais q por fim torna-se tão amarga.
Quando sentida só, não retribuído o meu amor, tortura meu peito, meu desejo,  de que sintas minha falta, de que me carregues em teu seio.

Saudade, porque me invade?

Aparencias

Sei que não sou quem pareço, a maioria das pessoas me vê com dedicado, sensato e forte, mais na verdade só a duvida reina em minha consciência, duvida de quem realmente sou, o que quero, e se posso alcançar o céu, não.. não quero ser salvo, acredito que só pode salvar a se mesmo, e realmente acho que deus nada tem haver com isso, escolho meus caminhos, tomo minhas decisões e não pretendo culpar outros e nem mesmo algo tão perdido quanto o destino por isso, apenas gostaria de saber de fato qual o meu pecado.

Revolta

Por que tudo tem que ser tão difícil? 
Por que nada pode simplesmente dar certo? 
Estou sufocando aqui e não sei o que fazer, estou cansado de esperar um sinal, uma chance, estou cansado de lutar cada dia e cada noite orando por um objetivo que não conheço, já não aguento mais, esperar que tudo o que faço me traga um pequeno sinal de felicidade, a cada segundo entrego minha vida, honra, lealdade, respeito, coragem, amor, tudo em que acredito, mais nada de bom acontece, estou fadigado de ser tão forte, de ter que permanecer tão determinado, sempre impenetrável....
Como posso seguir em frente? 
O que preciso fazer pra mudar a direção da minha vida... 
Quantas vezes vou precisar sofrer, ser pisado, ser feito de idiota pra conseguir enxergar..............
Não vejo uma saída, não vejo luz...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Fortuna



Meu engodo me destrói, ao tentar esconder meus erros, como fere perceber que renegamos as mais sagras oportunidades para ser feliz, vivenciar a beleza, por falsa cautela, por medo, deixamos que se vá o verdadeiro tesouro de nossas almas, o momento em que nus daremos conta em que estamos felizes, eu próprio cometi por diversas vezes o erro letal de deixa-la passar por mim, ó fortuna, mais da próxima vez que o sol lançar sobre mim teus raios dourados me entregarei em seu abraço, como a uma amante, minha donzela, aguarda por mim que regresso, espera que a alcance, pois o vazio consome, e so serei completo em seu peito...aguarda-me fortuna pois nunca lhe trai... E pelos infinito lhe serei fiel...
B.M.

Dia a dia.


Sombras pairam sobre a humanidade, repletos das dificuldades, homens vergam suas vontades, deixando o rubor de seus desejos verter de seus corpos pelos ferimentos de seus corações, Estes causados por eles próprios  ao seguir as convenções das fajutas sociedades livres.

Mais tão certo quanto dias nascem e morrem, renascera também a verdadeira liberdade, quando creremos em nos mesmos, renascera a vida, diferente desta que fingimos, serei livre para voar nos versos de minha imaginação, planar nas ondas de jubilosa verdade liberta dos receios da sociedade sufocante.
B.M

Olhos

Tenho sonhado já ha dias, sonhos nascidos  de lendas, olhos filhos do firmamento, corações gêmeos que buscavam um ao outro pelos séculos,  numa  dança de desejo, paixão, que fazia queimar a pele, que transcendia a carne.

Sonho que me levou a busca-la nos devaneios das tão antigas lendas, juro que tau beleza não deveria jamais fenecer, e aqui ante ao frio de um corpo de pedra me vejo apaixonado, a fortuna me levou o  coração, dizimando minha alma, rindo, por me ter feito busca-la, e aqui ajoelhar-me, renego  minha vida, renego minha historia se por fim encontra-la, rogo para que o punhal enferrujado que tua vida levou,agora reclame a minha, pois não ha nada se não as mais vis punições para meu coração atado a solidão deste mundo se seus olhos.
B.M

As mil palavras.



Caminho já ha eras por mundos desconhecidos entre se, vi povos de todas as tribos, línguas de todas as raças , que traduzia sentimentos, que transmitiam cada sentido, de cada ação, historias, paixão, mil palavras me envolviam, girando e girando, entorpecendo meus ouvidos, mil palavras, mil sentidos, destorcendo a realidade, vida e verdade, relativa simplicidade, constrangida dignidade, qual a sonhada liberdade, se de cada povo um mundo novo nasce, guiando-nos pelos caminhos, pelas vontades de seus senhores,enquanto por terra apoderam-se de seus dotes os  falsos fantoches dos desejos divinos. 
Verdadeiros maestros do destino dos menos afortunados, deuses macabros sem nenhuma divindade, apenas poderes pútridos da ganância. Envergonho-me de meu parentesco, olhos, sangue e carne, lembranças de que pertenço a raça da mentira, que pertenço ao clã da destruição, mais agradeço aos seus que mesmo negro meu peito se revele distinto de meus pares inumanos.
B.M.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Belesa


A tenho observado, filha de Afrodite, nascida nos tempos de hoje, encarnação do sol, luz que trance de seu corpo num jorro  de beleza e perfeição, olhos desejosos do prazer e da luxuria de enamorados e amantes, reluz em esplendor apaixonado, numa eternidade de  virtuoso destino , guia-me aqui e agora pelas trilas de teus desejos.
Encanta-me e desaparece em sua tentação, o carmesim que me ilude, ruboriza tua pele enquanto caminho consternado pelas curvas tortuosas de teu avassalamento  perturbado.

Disfarce que assume, distrai os que contemplam teu templo, tu morada, faz de corações seu tesou espalhando as raízes de sua vontade em seus cativos,teus escravos.

B.M.