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domingo, 9 de novembro de 2014

Naufrago.

Naufrago.
A terra que tenho sob meus pés reivindica meu caminho, o vento que me envolve, meus sentidos, e por fim me engana, e na anciã de respirar me afogo em agonia que se ergue como as ondas de um mar revolto.
Me empurra e oprime, e a deriva como naufrago, volto-me em oração, deixo que fluam em mim os sentimentos reprimidos, os sonhos perdidos, os amores esquecidos e  por um segundo apenas.
Liberto minha alma que pelos céus galopou e ela encontrou, e com ela sorriu, e com ela dormiu e comeu.
E de tão triste que lembrou, que não mais a tocaria, não mais  sentiria seu  calor, voltou.
E ela tornou-se em mim e naufrago que sou, busco em minha solidão, meu caminho, minha direção.

Para que aqueles braços tornem a me tocar, para que aqueles lábios tornem a me aquecer.

B.M.

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