A
Verdade.
Oi eu
queria te contar uma historia, ela é simples, sem mistérios. Ou mesmo grandes
personagens, mais mesmo assim com grande chances de ser...Simplesmente verdadeira. Tudo começou a tempos, Enquanto eu
trazia meus segredos, escondidos sobe os olhos, e não me importava, ao menos
superficialmente, com o que os outros pensavam, mais lá no fundo, havia um
mundo inteiro, cheio de magoa e medos, desejos e sonhos esquecidos e
empoeirados.
Eu estava
só tentando recomeçar, um lugar novo pra zerar o placar. Eu tentava esconder
sob a confiança, e sob os estudos, alguém que não queria que fosse conhecido, um
fraco e inibido garoto, cheio de pesares e anseios, e por um tempo funcionou,
mas como sempre nessas historias não durou muito, e por fim olha onde estou
hoje , aqui escrevendo, segredos conhecidos, mas nunca nem se quer sussurrados.
Segredos dos quais tenho medo ,é sou só um cara fraco, um cara sem a coragem de
correr atrás do que quer.
Mass de
qualquer forma estou me adiantando muito nessa historia, a tempos quando
tentava recomeçar, encontrei um caminho novo, não diferente, apenas novo, pra
mim ele seguia em direção ao paraíso, em cujas ninfas dançavam a brisa e em
cuja o sol, brilhava e reinava sobre as tempestades, mais acho que ate mesmo as
tempestades tem suas belezas.
As
explosões no céu, em riscos intrincados e luminosos, que explodiam em mim com
as palavras afiadas e mortais que ouvi, talvez não para a carne mais para a
alma ou o coração, não sei, escolha como achar que deve, ela não era muito diferente,
e ate acho que somos parecidos.
Mais as
estrelas... Bem, dizem que somos um o inferno do outro, que meu bem, é estar
longe, mais outras constelações parecem não concordar, e encistem em nus
aproximar... Bem uma em especial, aquela cuja virtude e sagrada e conhecida
enamorada, perfeita e linda aos olhos dos deuses que a escolheram como guardiã,
com guia e ate mesmo como nosso selo.
Enquanto o
tempo passava e eu enganava a todos, inclusive a mim mesmo, me deixei enredar,
pela amizade disfarçada, e pela esperança estranha e escondida, nos confins da
consciência ou ate mesmo na inocência, também vai depender do ponto de vista é
claro.
Não se
engane não, não me declaro vitima, mas também não me acho réu, para ser fiel
aos meus princípios, não acho que ajam essas posições nessa questão, mais sim
agentes descontrolados e descoordenados de um destino sem maestro ou regente,
onde as partículas de átomos se movem inesperadamente e sem sentido, unindo-se
e separando-se descontroladas.
Mais de qualquer
forma não faz diferença. As linhas que escrevi para mostra o que sentia ficaram
ocultas sob uma camada de orgulho e imaturidade, talvez ate de medo, pensando
bem com certeza medo e desespero, por talvez ser renegado ou afastado, mais por
isso, acho, tornei meu peito frio, como um cristal, escondido e protegido por
sólidos paredões de rocha trincados e como emaranhadas redes de aço ante
intrusos, mas para minha surpresa tal proteção de nada adiantou.
Como
poderia, uma princesa, frágil e desprotegida, que me enfeitiçou como uma bruxa
com dedos longos, ou uma cobra que hipnotiza sua presa com os olhos, para
depois dar o bote certeiro e injetar seu veneno direto nas veias, indo de
encontro ao peito e desfalecendo os sentidos.
Mesmo assim
me enganei, não fazia ideia das consequências de minha displicência, tão pouco
sabia que tal descuido levaria a lacerar o pouco que me restava do coração, e
agora, o que posso fazer além de escrever linha após linha na esperança de abafar
as batidas desse coração viciado em veneno.
E minhas
asas, as asas que usava para alçar voo, viajar nos mundos de sonhos, de
vitorias e glorias inimagináveis, bem
essas agora estão presas, acorrentadas e imundas...é aqui mesmo nessa caverna
vil, sem mesmo uma coluna de luz que me simbolize as esperanças de outrora
sobre as negras penas de maldição que se desprenderam e agora flutuam ao meu
redor como lembretes de meu pecado.
E ela...
bem continua tão próxima, que é impossível esquece-la, está sempre ao alcance
dos olhos, das mãos, do toque e das caricias, mais muito mais longe dos lábios
do que posso suportar, e enquanto isso os sentimentos, pairando entre nos, tão
palpáveis tão reais.
Mais na
verdade acho que tais sentimentos pertencem unicamente a mim, sabe coisa de
Platão, a desgraçado por que criastes tão definição. Enquanto eu permaneço
sóbrio demais para um homem embriagado de veneno.
E nem mesmo
o tribunal, das laminas ou mesmo, um horizonte de rubro sangue de meus antepassados poderia me dar caminho
ou pena de morte, que devo dizer seria um alivio, já que tal distancia faz que
o próprio inferno me visite diariamente, ou eu visite-o, não faz diferença qual
a ordem das coisas afinal.
Mais de
qualquer forma qual o sentido primordial de palavras e sentimentos, e nem mesmo
o Cronos poderia definir o tempo, já que
mesmo os deuses se apaixonaram por mortais, e por sinal cometeram pecados tão
banais quanto qualquer humanos comum e falho.
Se quiserem
me castigar deuses... pela comparação, façam, nem um castigo seria pior que
viver mesmo morto em alma e em peito, e acredite entrego de bom grado meu peito
a flecha, já que seria esta a misericórdia, ou ate mesmo a um punhal
enferrujado, se me permitir shakespere é claro, e Wiliam por favor, me responda foste apaixonado, ou apena só mais um
medíocre desgraçado, um renegado, mais pesando bem, ser amado ou não, faz
diferença? Amores renegados são as melhores espirações.
Por tanto
eu decreto! Somos todos medíocres e desgraçados os renegados e esquecidos por
nossos amados e amadas, por tanto somos humanos, essa é uma verdade não dita
sobre a humanidade, todos amamos quem não nus ama, e por fim, depois de sofrer
o inferno frio e gélido da solidão, vemos que existe um miserável como nós
perto o suficiente para nunca telo notado, e em seguida nos apaixonamos.
Mais
acreditem, sou a prova, pois há toda regra á exceção, e a eras remontam meu
desespero e ainda estou aqui, cativo de minha solidão.
E as vezes
creio que tudo que é dela para mim, não passa da farsa de não ter o amor que
deseja, por tanto se contenta em brincar, mesmo sem saber que o faz, como meus sentimentos
mais secretos e por tanto, o que todos já conhecem, para meu desgosto total, pois
ninguém esconde os segredo que os olhos sussurram, principalmente quando olhos
de âmbar sugam a pouca luz que ainda existem dentro dos meus.
Pois é essa
a verdade, minhas verdades, um código emaranhado de sentimentos e sensações,
sem sentido ou foco real, mais ainda assim imune a contestação, e nem mesmo um
computador de ultima geração, conseguiria decifras as cifras que só o coração
consegue criptografar e organiza ou melhor, embaralhar mais ainda.
Sou eu o
que escreve, sou eu o que sente e sofre,
mais não sei se ainda estou vivo? Nem se ao menos há consciência! Mas de
qualquer forma sou o eco de outrora, a voz que ainda canta com o vento e
confessa a sua cumplice, a chuva! É a
chuva, que por muitas vezes escondeu as lagrimas de meus olhos, sobe seu manto
de gotas de cristal.
Ela que me
acompanha, um filho do inverno... frio e voraz... Outono é meu nome, e na marcha dos dias ela se distancia e se
aproxima, a filha do verão... ela, a bela dama da vida... Primavera... doce e
quente, bela e amável... ela Primavera.
B.M.
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