O céu
hoje é cinzento, como a lamina que me é apresentada pelo carrasco, turbulento e
gélido soprou o vento e finas gotas de cristal alcançaram meu rosto, minha
cúmplice "chuva", mirei o céu agradecido. “tens guardado, escondido
minhas lágrimas, lhe sou grato”, pensava, quando um raio riscou o firmamento
nebuloso, fazendo tremer o cadafalso, reverberando em meu peito, quando já
achava não mais haver esperança.
Mais
ela veio, traduzida num sussurro, um sopro no vento, três palavras apenas,
curtas e simples, mais ricas que qualquer rei, mais belas que qualquer poesia,
mais poderosas que qualquer exercito.
E por
elas me rebelei, na esperança, e que se mesmo assim viesse a padecer, sob
aquela tempestade, a revolta dos céus, ao menus, morreria lutando por ela,
minha esperança, sussurrada pelo vento, na voz suave dela, tão distante, mais
ainda assim tão próxima.
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