Os olhos que
me olham, retiram de mim todo ímpeto, a duvida que me inibe de conta-lhe os
segredos mais íntimos de meus sonhos, toma-me por fraco, sei, mais é a dor que
consome o peito de todos como eu, não
interessa se muitos ou poucos, e
mesmo você senhor de se, teme a negação, não ha coração que a aceite, e sua rejeição
consome mesmo os mais fortes.
Não encontrei
mau que me detivesse, mesmo barreira que me fizesse desviar, mais estes olhos
me impedem, impedem de contar-lhe... consumindo
a coragem que tanto demorei a reunir, repelido pelo simples brilho de
tão doces lhos, repelido por temer que não mais me possam olhar da forma que me
olham neste instante, mais é igualmente lancinante sonhar com tuas caricias,
vela, ouvi-la chamar meu nome e não reivindica-la por minha.
Coragem, por
que me falta, se esta covardia a mim tortura, fere carne e alma, desfigurando
os doces sorrisos que irradiam ternura, do quente vento oeste de verão ao
gélido tempestuoso norte do inverno em sua ausência.
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